120 Virgens

As 120 Virgens é uma performance que trata da pureza das ações humanas por meio do alimento compartilhado num grupo. Procura discutir os múltiplos signos do fruto maçã oferecido para saciar o corpo físico e sexual. 

A artista veste-se com uma roupa de festa, delicada como uma noiva, e assim perambula pelo espaço expositivo carregando dois enormes sacos plásticos transparentes ligados por uma grossa corda de sisal. 

Com o olhar concentrado no deslocamento que vai realizar pelas salas ela alcança todas as pessoas presentes oferecendo-lhes uma maçã para que mordam e a devolvam à artista. De um saco, que contém a inscrição da palavra PURO o fruto inteiro entregue e mordido é transferido para o outro, IMPURO.

 As maçãs carregam toda a sua simbologia conhecida evocando o alimento e a virgindade que emprestam nome e significado à performance. Os pesos dos sacos vão se equilibrando tanto quanto as pessoas se reordenam no espaço da sala enquanto a troca entre a artista e o público configura uma espécie de acordo de convívio do qual todos os presentes passam a fazer parte.

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